segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Conheça o Bom Prato

O que é o Restaurante BOM PRATO?
Criado pelo Governo do Estado de São Paulo, e desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, este projeto de cunho social, visa oferecer segurança alimentar a população de baixa renda, fornecendo em sua rede de restaurantes populares, refeições balanceadas com qualidade, através de um cardápio variado ."As refeições totalizam 1600 calorias e são compostas de arroz, feijão, carne, farinha de mandioca, salada, legumes, suco, frutas e pão. O custo de cada refeição é R$3,25. O Governo do Estado subsidia R$2,25, conforme Resolução SAA 22, de 01.08.2005, fazendo com que o usuário tenha uma refeição completa pagando apenas R$1,00. Menores de seis anos de idade não pagam e o Estado assume o custo integral da refeição". São 30 restaurantes em funcionamento, fornecendo até 42.320 refeições subsidiadas por dia.
Para a instalação do Restaurante BOM PRATO, é firmado um convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e entidades comunitárias e assistenciais da sociedade civil, sem fins lucrativos, que já atuem junto à população na área da futura unidade.
As refeições são constantemente monitoradas por nutricionistas da própria Secretaria de Agricultura e Abastecimento e periodicamente são enviadas amostras para análise no Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Devido ao elevado padrão de qualidade exigido pelo Projeto, todas os Restaurantes BOM PRATO obrigatoriamente contam com uma nutricionista fixa.
Além do fornecimento das refeições, vale lembrar que cada unidade gera de 15 a 20 empregos diretos, entre: profissionais administrativos, gerentes, nutricionistas, cozinheiros, auxiliares de cozinha e limpeza, todos vinculados à entidade gestora, contribuindo para política pública de geração de renda, emprego e capacitação profissional.
O prato base (arroz, feijão, farinha de mandioca e pão) é servido todos os dias, já as guarnições (salada, carne, legumes, fruta e o suco) são variadas diariamente, mediante aprovação da equipe de nutricionistas que avaliará critérios calóricos, combinação de alimentos, densidade, coloração e apresentação do prato.

Ações Extensivas

Dando curso as ações de resgate da cidadania e ampliando seu atendimento à população de baixa renda, uma sopa nutritiva é oferecida no jantar durante os meses de inverno.
Ao contrário do que ocorre no almoço, onde as 30 unidades em funcionamento servem refeições subsidiadas pelo Governo do Estado de São Paulo, o ônus de produção desta ação, iniciada no inverno de 2003, é inteiramente assumido pelas entidades parceiras, gestoras das unidades, reforçando ainda mais o seu caráter assistencial e potencializando seu atendimento.
A fim de manter a mesma qualidade das refeições servidas no almoço, as nutricionistas fazem o monitoramento e a supervisão dos cardápios, obedecendo a recomendação per capita de 300 ml, perfazendo aproximadamente 200 calorias por porção. As preparações incluem carne bovina ou frango, legumes, vegetais folhosos, cereais e pão como acompanhamento.

Enquete

A equipe de reportagem do Página Um foi até o Bom Prato nos dias, 25, 26 e 31 de outubro para saber o que os freqüentadores do restaurante consideravam como falhas nesse projeto de iniciativa governamental. Com o objetivo de proporcionar uma refeição saudável, à população de baixa renda, a equipe também indagou os usuários sobre o estigma que caracteriza o projeto, ao qual muitos se referem como sendo destinado aos “pobres” e destacamos alguns depoimentos.
Os entrevistados, de forma geral, declararam não sentir nenhum tipo de preconceito por parte daqueles que não frequentam o ambiente .
“Não há nenhum tipo de discriminação. Aqui somos todos irmãos”, diz Maisa do Nascimento, 68 anos, aposentada. No tocante ao que pode ser considerado um problema na organização do Bom prato, Maisa ressalta a quantidade de comida servida.“No começo caprichavam, mas agora é só um pouquinho, principalmente a ‘mistura’”.
Para Margarida Maria de Oliveira, 46 anos, do lar, recente freqüentadora do restaurante, há apenas dois dias, diz que enfrentar a fila vale a pena. “É a segunda vez consecutiva que venho e achei a comida ótima. É claro, que para ser atendido logo, tem chegar cedo porque a fila...Aqui o público é diversificado, não acho que exista preconceito e poderia funcionar aos sábados e domingos”. Há também quem não tenha nenhuma reclamação ou observação à fazer. Para João de Lourdes, 53 anos, segurança, nem a fila é problema. “Eu freqüento há seis meses e acho a comida muito boa, a fila anda rapidinho e nem preciso chegar muito cedo”

Maisa do Nascimento, 68 anos:”Acho que não há preconceito.Pelo menos nunca dis­criminei ninguém”.












Margarida de Oliveira, 46 anos: “Num lanche você paga R$ 3,00. Comer aqui compensa muito mais”.











João de Lourdes, 53 anos,diz: “Eu venho há seis meses e acho a comida muito boa.A fila é rapidinha”.